Decorreu na passada quarta-feira, na Casa do Povo de Arcena, a sessão de esclarecimento sobre a exploração da pedreira. Apesar desta sessão ter sido marcada num horário que parece ter sido escolhido propositadamente para ter pouca audiência, a população de Arcena acorreu em massa a esta sessão para manifestar o seu desagrado pela intenção de alargar o aterro sanitário e criar uma pedreira em Arcena.
A sessão começou com uma apresentação, feita por representantes da Cimpor, que apenas visou iludir a população no que toca aos impactos negativos da pedreira em Arcena.
Nesta sessão esteve também presente Rui Berkemeier, especialista em resíduos da Quercus, que apresentou alternativas ao aterro e ao tratamento de resíduos e classificou como "inacreditável" a intenção de colocar uma pedreira a 80 metros das casas.
Vários habitantes referiram o rebentamento sentido, em Arcena, no passado dia 6 de Abril que estremeceu várias casas e causou alguns estragos.
Este rebentamento teve, provavelmente, origem na pedreira do Bom-Jesus, o que só veio dar mais razão às preocupações da população de Arcena.
Se um rebentamento na pedreira do Bom-Jesus, no Sobralinho, foi bem sentido em Arcena, então os rebentamentos que pretendem fazer em Arcena irão, por certo, trazer graves prejuízos à população!
A presidente da Câmara Municipal, Maria da Luz Rosinha, admitiu usar o dinheiro das contrapartidas da Valorsul para reparar os estragos, na capela de Arcena, resultantes da exploração da pedreira.
Porque não se preocupa a presidente, de igual modo, pelos estragos que irão ocorrer nas outras casas de Arcena (muitas delas ficarão muito mais próximas da pedreira que a capela)?
Quem pagará tais estragos?
Ouvir a reportagem da Rádio Íris sobre a sessão pública:
Saudações!